terça-feira, julho 12, 2011

Relatório dia 10 Julho de 2011

Projeto Leituras ao Vento

Relatório do dia 10/07/2011


         Depois de duas edições canceladas e três semanas longe da Praça devido ao mau tempo, o Leituras ao Vento está de volta, numa tarde ensolarada em sem nuvens, o céu azul imaculado e uma brisa moderada presidindo o nosso tão esperado encontro.
         Também foi o primeiro fim de semana sem Adah, de férias em casa dos tios e avós, em Rondônia. Nem é preciso dizer que nosso tempo com isso diminuiu, e nosso esforço aumentou.
         Para compensar, começamos a nos aprontar mais cedo, e chegamos à Praça 15 minutos antes. Com alguma dificuldade estendi os varais – acho que aprendi alguma coisa com Adah – e ajudei Maristela a expor o acervo e estender as esteiras. Como o vento atrapalhava um pouco esse trabalho, usamos, como de costume, alguns livros como peso em cada esteira estendida. Sempre julgamos uma boa solução: além de segurar as esteiras contra a ação do vento, também assegura alguns títulos para consulta sem que nossos visitantes precisem mesmo ir aos varais,  bauzinhos e cestas. 
         Quando chegamos ainda não havia nenhum de nossos amigos – será que não acreditaram no bom tempo? – que fizeram falta, é claro. Algumas pessoas começaram a chegar antes mesmo de fazermos a divulgação, e eu e Maristela nos dividíamos entre a arrumação e a recepção dessas pessoas. Prendi o nosso banner a uma das árvores e saí para a divulgação. Maristela ficou para recepcionar o nosso público, além de acumular as funções de fotógrafa e da disponibilização do caderno de registros.
         A Praça estava lotada, e, como saí sozinho para a divulgação, priorizei os grupos que tinham crianças. É uma pena, já que os jovens tem tido uma boa aceitação do nosso Projeto. Mesmo assim, passei cerca de vinte e cinco minutos divulgando. No retorno – nosso público já presente em nosso espaço – assumi a função de fotógrafo enquanto Maristela ficou com o caderno de registros. Nossa convidada para leitura ainda não havia chegado e aproveitamos para conversar com os presentes.
         Conversamos com a gaúcha Vivian, ligada ao teatro, que nos contou de seus anos de Maringá e do tempo que passou morando na Europa. Elogiou bastante o Projeto e nos acompanhou durante toda a tarde. Vivian nos ajudou com o banner, retirando de sua bolsa uma providencial fita adesiva que usou para corrigir algumas rupturas; algumas famílias muito simpáticas e alegres que passaram o tempo todo nas esteiras brincando e lendo – uma mãe brincava com a filha de doze anos como se fossem duas crianças; e um outro casal de mãe e filha, Jocélia e Ana Beatriz, que nos disseram que tomaram conhecimento do Projeto por meio de artigo a ele dedicado no jornal Diário de Maringá.
         Muitas pessoas passaram pelo Projeto durante a tarde, mesmo sem se deter em nosso espaço. Aproveitamos para apresentar o Projeto e convidá-las para as próximas edições. Muitas ficaram surpresas com o que viram e ouviram, e perguntavam se era um Projeto da Prefeitura ou da Universidade; e ficavam ainda mais surpresos quando dizíamos que era uma iniciativa familiar. Esperamos que, nas próximas semanas, essas pessoas possam estar conosco.
         Marcia Santa Maria, nossa convidada para o “Soprando Histórias”, chegou pontualmente às 16:00h. Fizemos uma última chamada ao público próximo ao nosso espaço e pedimos aos presentes para aproximarem as esteiras de nossa leitora, para que pudéssemos iniciar.
         A história contada por Marcia, “Fruta Pão” – história e ilustração de Cláudio Martins, Edições Paulinas – chamou muita atenção dos presentes. De conteúdo ecológico e político, a história nos fala das relações de poder que permeiam as discussões sobre o meio ambiente, e como falsas conveniências podem determinar o destino de espécies animais e vegetais, levando à degradação das qualidade de vida nas cidades. Mesmo com esse tema denso, é uma história leve, que também leva à reflexão por meio do sentimento de amor pelas árvores e pelos pássaros, e pelo reconhecimento de que da natureza recebemos o nosso sustento. Foi a segunda participação de Marcia em nosso Projeto – Marcia esteve no Projeto no dia 29 de Maio passado, quando contou duas historinhas no mesmo dia, fato inédito no Projeto – a quem já devemos muito como colaboradora e incentivadora da leitura, levando sempre aos presentes, além do seu jeito calmo e gostoso de contar histórias, informações importantes sobre os eventos oferecidos pela Biblioteca Pública.
         Uma das famílias visitantes tinha entre seus membros uma simpática senhora idosa, que ficou no espaço bastante tempo, lendo sempre. Por sorte, tínhamos uma cadeira de praia para que ela pudesse se acomodar com um certo conforto, sem ter que descer às esteiras. Sentimos necessidade de dispor de pelo menos mais duas dessas cadeiras, para que possamos servir bem ao nosso público da terceira idade e também eventualmente outras pessoas com necessidades especiais, que tenham dificuldade ou estejam impossibilitadas de utilizar as esteiras.
         Vinte e oito pessoas assinaram o caderno de registro, deixando seus nomes, idade dos filhos e endereços de e-mail para retornarmos nossa programação. O número é menor que nas duas edições anteriores, mas não corresponde à realidade do número de visitantes desse domingo, significativamente maior. A disparidade se deveu à dificuldade de disponibilizar o caderno de registros, já que havia apenas eu e Maristela para executar todas as tarefas necessárias. Saudades da Adah... De qualquer modo, a freqüência geral foi realmente um pouco menor, tendo em vista também as dificuldades, pelo mesmo motivo acima referido, para fazer a divulgação.
         Não poderíamos deixar de registrar, mais uma vez, a presença de Hilda Carr, que chegou pouco após o “Soprando Histórias”. Hilda tem se esforçado para estar presente sempre ao Projeto, dividindo a atenção de seus afazeres com o carinho que a nós tem dedicado. Presença especialíssima também de Marcos, seu filho, um cara superlegal.
           O público ficou conosco até após as 17:30h, começamos a recolher o material lentamente, com a ajuda de Hilda, e saímos da Praça perto das 18:00h. Depois de dois fins de semana de tempo ruim, valeu a nossa fé na natureza.

         

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