DEPOIS DE MUITO FAZER, DIVULGAR, VIAJAR E LER. CONSEGUIMOS ATUALIZAR NOSSOS RELATÓRIOS; FORAM MUITAS VIAGENS LITERÁRIAS DELICIOSAS.
PARA DESPERTAR A CURIOSIDADE, COLOCAMOS NESTE POST APENAS DOIS RELATÓRIOS, O RESTANTE ESTÁ NA PÁGINA DE RELATÓRIOS DISPONÍVEL NA PARTE SUPERIOR DO BLOG.
SINTAM-SE CONVIDADOS PARA CONHECER UM POUCO MAIS DO NOSSO PROJETO !!
Projeto Leituras
ao Vento
23 Relatório do dia
4/09/2011
A idéia de fazer o Leituras desse final
de semana estava centrada em se fazer um leitura direcionada aos jovens. Para
isso convidamos nosso amigo ..... psicólogo e mestrando da UEM, cuja dissertação trata do
problema da relação dos usuários com as drogas.
Pensamos inicialmente em pedir a
Alexandre que lesse uma história positiva, que falasse de perseverança e
superação, e que permitisse que ele fizesse alguns comentários ao final, senão
diretamente tocando no problema das drogas, que ao menos alertasse para a
relação dos jovens com a sedução dos prazeres efêmeros, para que refletissem
sobre as consequências de decisões difíceis de serem revertidas, senão com
muito sofrimento para eles e para os seus.
Porém, como iríamos receber a visita de
um grupo de jovens com alguma relação com a literatura, e na expectativa de que
nosso público habitual estaria presente, repensamos a idéia, e decidimos por
histórias que tivessem um valor literário clássico, como histórias tradicionais
ou histórias que tivessem um pouco mais de idas e vindas, contraponto, que
falassem um pouco mais sobre cotidiano e convivência.
Assim, sugerimos a Alexandre cinco títulos,
dos quais ele poderia escolher uma ou mais histórias, dependendo de sua
extensão, e se já não tivesse outra história em mente, é claro: “O milagre de
Shiro”, in: “Lendas do Japão”, ilustrações de Edu, Edições Paulinas; “A comédia
de erros”, de Shakespeare, adaptado por Mary Lamb, ilustrações de Alicia Cañas
Cortázar, tradução de Márcio Godinho de Oliveira e Johnny Mafra, Editora
Dimensão; “Muito capeta”, texto e ilustrações de Angela-Lago, Companhia das Letrinhas; “Sete histórias para sacudir
o esqueleto”, livro de contos da mesma autora e editora; e “De carta em carta”,
de Ana Maria Machado com ilustrações de Nelson Cruz, editora Salamandra.
A escolha de Alexandre não poderia ser
melhor e mais surpreendente. Alexandre escolheu um dos contos do livro “Lendas
do Japão”, mas não o que havíamos inicialmente sugerido: escolheu “O homem e a
montanha”, uma história sobre o destino de cada um de nós, e a aceitação e
auto-estima decorrentes desse caminho. Na história, um homem que vive de
quebrar pedras observa o mundo e os seres que o rodeiam e os compara com os
seus afazeres. Chegando a conclusão de que este ou aquele ser vive um destino
melhor que o seu, porque superior, a seus olhos, em poder e força, ele deseja
ser o ser que observa, e uma voz misteriosa atende o seu desejo. Num jogo de
oposições consecutivas, o homem passa de comerciante a mandarim, e deste a
Imperador, e deste ao Sol e as nuvens, terminando por fim por ser uma montanha,
forte, poderosa, indestrutível. Descobre, então, que enquanto camponês
quebrador de pedras, era o único ser capaz de vencer a montanha. Retorna,
então, a sua antiga condição.
É verdade que tal história dá margem a
diversas interpretações, algumas que podem alimentar o comodismo e a sujeição;
mas é interessante pensar que desperdiçamos, muitas vezes, a força que existe
em nós, procurando destinos alternativos induzidos pelo status desta ou daquela
posição, ao invés de focar e desenvolver nossos próprios talentos. Nos faz
pensar também no fundamento do pensamento holístico: a parte se encontra no
todo e o todo, na parte. Nossa importância no universo é maior do que
imaginamos. A história também pode aconselhar a ação e a busca do conhecimento,
pois foi exatamente as inquietudes e insatisfações do homem que o tornaram,
depois de tantas experiências, um sábio. A alusão à voz interior que nos move
demonstra isso.
Decidida a história do “Soprando
Histórias” optamos por uma estratégia diferente para promover o Leituras no
domingo: direcionar nossa divulgação na Praça aos jovens preferencialmente, já
que eram eles nossos expectadores privilegiados nesse dia. E foi o que fizemos.
A tarde parecia estar colaborando com
nossos objetivos. Um sol forte e muita gente na Praça, a maioria jovens. Estava
ocorrendo um evento reunindo caravanas de jovens ligados a grupos católicos,
uma espécie de campanha anti-drogas.
Armamos nosso espaço rapidamente,
embora eu não estivesse tão inspirado com os varais como em vezes anteriores.
Adah não veio, ficou dormindo por conta de uma “festa do pijama” com colegas da
escola, ocorrida em nossa casa, e que se estendeu até altas horas da madrugada,
com direito a bolo refrigerantes, sucos, docinhos, correria no quintal,
brincadeira com bola, guerra de travesseiros e sessão de cinema em DVD com uma
hilária comédia de terror. Mas isso é outra história.
Alexandre chegou com sua mulher, Nilda
e, enquanto desfilava no espaço o seu bom humor leve e tranqüilo, eu comecei a
divulgação. Fiz toda a divulgação nos arredores de nosso espaço, aproveitando
os vários grupos de jovens, casais e famílias que nos rodeavam. Distribuí todo
o material, falei com muita gente, da mesma forma que faço sempre. Contudo,
quando retornei, o nosso público ainda não estava presente. Já passava das
16:00h e eu e Maristela começamos a ficar preocupados com o baixo número de
visitantes. Alexandre, bem humorado, nos disse: “Não se preocupem. Eu leio pra
vocês”!
Tivemos a maravilhosa visita de João Álvaro,
do blog Infância em Pauta, educador social e militante do MNMMR , Movimento
Nacional dos Meninos e Meninas de Rua. Álvaro veio acompanhado de sua mulher,
Luciane. Ambos extremamente simpáticos, nos acompanharam durante toda a tarde,
apreciando nosso Projeto e conversando sobre crianças e educação.
Também estavam presentes Fah e Luiza,
nossas colegas do Projeto Brincadeiras e também militantes do movimento. Fah é
mestranda em educação, e sua dissertação fala sobre o valor da opinião e
participação política de crianças numa leitura sobre as necessidades de Maringá
no apoio a crianças, nas áreas de educação, cultura, segurança, etc. Um abraço
a Fah e Luiza, obrigado por sua presença e esperamos que apareçam mais vezes.
Também estava presente Cristina, do
Clube de Leitura, pela primeira vez nos visitando no Leituras, atendendo ao
nosso convite. Cristina já chegou com pinta de colaboradora: nos ajudou
distribuindo o Caderno de Registros e ficou conosco até quase o final. Um
abraço para a Cristina, agradecemos sua ajuda e esperamos que sua visita seja a
partir de hoje uma constante.
Recebemos também a visita da família
Gilberto, amigos de nossa amiga Geni, do Clube de Leitura: Ierecê, Oscar e a
menina Raquel de 8 anos. Demoraram um pouco a nos encontrar, mas felizmente
puderam estar conosco ainda boa parte do tempo. Conversei com Oscar e Ierecê
sobre o Projeto e Oscar nos ajudou, inclusive, a desarmar as cordas para que
recolhêssemos o material ao final dos trabalhos. Obrigado, Oscar e Ierecê.
Voltem sempre e não se esqueçam de trazer Raquel.
Agradecimentos também às famílias Silva,
Serra, Cassemiro e a todos os que estiveram presentes conosco neste domingo.
As 16:30h decidimos não esperar mais e
fizemos a chamada para o “Soprando Histórias”. Havia cerca de 15 pessoas
presentes, pedimos que se aproximassem e passamos a palavra a Alexandre.
Alexandre fez a leitura com fidelidade
ao texto, lenta e calmamente. Ao final, falou sobre a história e sua mensagem,
recebendo os aplausos dos presentes. O cuidado e a sensibilidade de Alexandre
ao escolher a história surtiu um efeito positivo, causando a narrativa boa
impressão no público que o assistia.
Ao final, pedi a Fah e Álvaro que entregassem a Alexandre o nosso Certificado de
Participação e o Título de Leitor Amigo das Crianças e Adolescentes da Cidade
de Maringá. Foi um fechamento perfeito esta comunhão de várias pessoas muito
especiais para nós. Mas dessa vez não foi o final.
Terminada a história, o grupo todo se
reuniu em torno de Alexandre para conversar: eu e Maristela, Álvaro e Luciana,
Alexandre e Nilda, Cristina, Angelita, Fah e Luiza. Não resisti a pedir para
Alexandre que lesse para nós “O milagre de Shiro”, uma linda história sobre a
bondade. Alexandre aceitou, e ficamos um pouco mais aproveitando o seu estilo
leve de contar, com jeito de quem transmite as palavras direto à consciência.
Alexandre ainda nos falou sobre suas viagens com Nilda pelo nordeste e também
nos falou sobre o Oriente e suas impressões sobre a vida naquele canto do
mundo. Fez o papel, nesta tarde, de um autêntico contador de histórias, com seu
público em volta dele como curumins em volta de um velho índio.
Depois que Alexandre se foi tive uma
longa conversa com Álvaro sobre educação. Ele ouviu com paciência minhas
críticas à educação brasileira e o relato de minhas experiências de professor. Obrigado
por me ouvir, amigo Álvaro.
Neste domingo, o principal ensinamento
que tivemos foi quanto ao nosso público-alvo da divulgação. O Projeto está
direcionado, como já dissemos, às crianças e aos jovens, e a presença e atuação
das famílias no Projeto é essencial ao nosso objetivo, que é de resgatar e
consolidar uma cultura da leitura. Mas aprendemos hoje que o público-alvo de
nossa divulgação é e deve ser as crianças. São elas que pelas mãos dos pais e
familiares, chegam ao nosso espaço e o enchem de movimento e alegria, fazendo-o
espaço público e atraindo a atenção e a presença também de jovens, de casais e
de pessoas que estão simplesmente passeando na Praça, e que se sentem à vontade
para se aproximar ao ver o público ali presente, ocupando as esteiras e também
inteiramente à vontade. Em outras ocasiões, como na apresentação de Hilda Carr
e, mais recentemente, na apresentação do professor Hermínio Neto, os jovens
estiveram presentes maciçamente em nosso espaço, sem que, nessas ocasiões,
tenhamos mudado o alvo de nossa divulgação.
O encontro desse domingo também foi
muito importante em outro aspecto: a presença e a interação entre amigos e colaboradores.
Estiveram presentes membros do Clube de Leitura, militantes do MNMMR e do PCA e
Projeto Brincadeiras, seus maridos e esposas e suas crianças. Esses momentos
são perfeitos por si sós, e ainda ajudam a fortalecer a articulação e a vontade
para a luta.
Foi isso. Um abraço a todos e até o
próximo Leituras ao Vento.
Projeto Leituras
ao Vento
22° Relatório -
dia 28/08/2011
(Praça da
Catedral)
O Projeto Leituras ao Vento chega à
Praça da Catedral neste domingo depois de uma verdadeira maratona. O convite
recebido pelo Projeto para participar do Programa Paraná em Ação nos levou por
três dias a Sarandi, onde realizamos um trabalho diferente, extenuante, mas
muito proveitoso do ponto de vista do aprendizado que nos proporcionou e da
oportunidade de prestar um serviço essencial – pois assim o consideramos a
leitura – para uma população que tem dificuldade de acessar serviços
essenciais. Os detalhes desta aventura vocês poderão acompanhar no Relatório
21.
Mas o fato é que, ao findar o terceiro
dia da experiência de Sarandi, encerrada ao meio-dia, eu e Maristela nos
permitimos apenas o tempo de almoçar em casa com Adah, aniversariando no dia, e
já partimos para a Praça.
O dia estava ensolarado e quente, e eu
estava satisfeito de ter Adah novamente para me ajudar na montagem dos varais.
Aprimorei a técnica que ela me ensinou e consigo montá-los já sem supervisão, é
verdade, mas tê-la ao lado, com sua engenhosidade e alegria juvenil é sempre um
prazer. Além disso, Maristela fica livre para ajeitar as esteiras, lidar com os
livros, recepcionar convidados, etc. sem precisar se preocupar em me ajudar com
os varais.
Próximo ao nosso espaço vários grupos
se fixaram. Me atrevo a pensar que o Leituras contribuiu para dinamizar esse
trecho do gramado da Praça, já que antes do Projeto, em nossas visitas à Praça,
o espaço era praticamente vazio. Praticamente
junto conosco chegou Ana Karina e família, que organizaram perto dali um
piquenique. O professor Hermínio Neto,
nosso convidado, chegou às 15:30h.
Tivemos um pequeno contra-tempo que
atrasou um pouco a nossa divulgação. Descobrimos que nossa impressora, comprada
às pressas depois da destruição da primeira por uma colônia de formigas, tem um
cartucho de tinta de curta duração, e, o que é pior, se a tinta preta se
esgotar ela não imprime a partir dos cartuchos coloridos. Solicitamos a Hilda –
que já nos socorreu tantas vezes – que imprimisse em sua casa o Certificado e o
Título, além do material de divulgação. Alguns desencontros normais fizeram com
que tivéssemos acesso ao material apenas às 15:45h, motivo pelo qual resolvemos
remarcar o “Soprando Histórias” para as 16:30h.
Com a chegada de Hilda iniciamos, com
sua ajuda, a divulgação. Havia muita gente na Praça e logo todo o material foi
distribuído. No retorno à praça não parecia haver tanta gente, mas, quando
fizemos a chamada para o “Soprando Histórias” um grande numero de pessoas se
acomodou em volta do Professor Neto.
A história de sua participação começou com uma
visita nossa a um evento na Aliança Francesa de Maringá, na qual ele estava
presente. Na ocasião haveria a exibição de um filme em língua francesa, “O
tango de Rashevski”, uma história interessante envolvendo a vida de judeus
franceses, enfocando a mudança de seus costumes e a sua relação com os costumes
tradicionais a partir da emigração ocorrida no contexto da Segunda Guerra
Mundial. Antes da exibição a Aliança Francesa organizou uma pequena recepção, ao
jeito de festa americana, e ali pudemos conhecer os professores e alguns
freqüentadores da Aliança, e nos sentimos bem acolhidos e à vontade com aquelas
pessoas tão interessantes.
Foi nessa ocasião que conhecemos o
professor Hermínio Neto, professor da instituição. Estávamos acompanhados de
Hilda, que estuda francês na Aliança,e foi numa conversa animada com o
professor, em que falamos do Leituras e da experiência de Hilda como leitora bilíngüe
do Projeto que surgiu a idéia de convidá-lo para uma leitura bilíngüe. Isso foi
em julho, e um longo tempo se passou até que formalizamos o convite e, a uma
semana da apresentação, confirmamos a leitura que seria feita pelo professor:
Le Roi de Corbeaux (O Rei dos Corvos), de Jean-François Bladé, conto
pertencente a um dos volumes da grande coleção de contos tradicionais “Mille
ans de contes” com ilustrações de Sorine em edição francesa da Milan.
O volume é basicamente um livro de
textos, e as ilustrações, embora primorosas e de teor artístico indiscutível,
são discretas e monocromáticas. O conto ocupa cinco páginas, o que não é pouco,
mas não chega a ser problema para um leitor-contador habilidoso.
A história tem todos os elementos do
conto de fadas tradicional: um rei, um príncipe e princesas, encantamento,
magia, o bem e o mal e um caminho a ser percorrido – sem poupar sacrifícios e
sofrimentos – que vai do erro à redenção.
Na História, o Rei dos Corvos visita um reino
onde vive um rei que possui um único olho no meio da testa. O rei vive em seu
castelo com suas três filhas, a mais velha com trinta, a do meio com vinte e a
mais nova com dez anos de idade. O Rei dos Corvos, na verdade uma ave gigante,
diz ao rei que quer desposar uma de suas filhas. O rei leva a proposta às duas
mais velhas, que dizem prontamente estarem comprometidas. O rei não consulta a
mais nova, pois a julga ainda jovem demais para o matrimônio. Retorna ao Rei
dos Corvos dizendo-lhes que nenhuma de suas filhas se dispõe a casar com ele. O
Rei dos Corvos, irado, bica o único olho do rei, capturando-o e parte em
seguida. As filhas, atraídas pelos gritos do pai, correm a acudi-lo, e ele lhes
conta a sua desgraça. A filha mais nova diz que aceita casar-se com o rei dos
corvos, e vai à sua procura, na esperança de recuperar a visão do pai.
O rei dos corvos a recebe e aceita, e
concorda em esperar dez anos até que a princesa tenha idade suficiente para
desposá-lo. Conta a ela que é na verdade um príncipe que foi transformado em
corvo por um feiticeiro maligno, tornando-se homem apenas durante a noite, e
que só se livraria da maldição no dia do seu casamento. Mas até lá a princesa,
que deveria morar com ele, não deveria vê-lo, sob pena de perdê-lo e trazer
grandes desgraças para ele e para si mesma. A princesa luta intimamente para
vencer sua curiosidade, mas a um dia de completar os dez anos ela ergue uma
vela sobre o príncipe a noite e o vê. O príncipe é um jovem belíssimo, mas
nesse momento um pingo da cera quente da vela o atinge e ele acorda. Irado, a
expulsa do reino e diz a ela que não volte para presenciar sua desgraça. O
feiticeiro maligno então retorna e aprisiona o príncipe em um rochedo, sob a
guarda de dois cães ferozes.
A partir daí começa a jornada da
princesa, arrependida do que fez e disposta a recuperar o seu amor, o que
finalmente consegue depois de um longo tempo e enormes sacrifícios.
Adah, ao ouvir a história, lembrou-se do
mito de Eros e Psyché e eu penso que sua lembrança é perfeita. Tal como Psyché,
que busca com grande sacrifício o objeto do seu amor, amparada em sua
fragilidade pela assistência divina, a princesa recebe atributos mágicos que a
auxiliam em sua busca e também a superar os obstáculos terríveis em seu
caminho.
O professor Neto utilizou dois recursos
formidáveis para contar a história: uma máscara, que utilizava para encarnar o
Rei dos Corvos, aparecendo nessas ocasiões suas falas em francês; e uma flauta
doce tenor, com a qual tocava uma melodia de letra variável, em que algum
personagem fantástico dizia a moça de seus acertos e erros. Isso reforçou o
clima de encantamento da história, e o drama da princesa em busca do seu amor
arrancou suspiros da platéia presente, principalmente das moças. A interação
entre o leitor-contador, que se transfigurava, tocava e cantava, e a platéia,
que suspirava e cantava junto com o leitor aquela melodia triste e lamentosa,
foi perfeita. Ao final, exclamações de “Que lindo!” e muitas, muitas palmas.
Após a história convidamos duas crianças
para entregar ao professor Neto nosso Certificado de Participação e o Título de
Amigo Leitor das Crianças e Adolescentes da Cidade de Maringá e região.
Novamente muitas palmas e os nossos agradecimentos ao professor Neto, que,
muito gentil, teceu um elogio público ao Projeto e falou, a nosso pedido, ao
público sobre a Aliança Francesa. Passamos as informações culturais de praxe e
encerramos o “Soprando Histórias”.
Registramos pouco mais de vinte pessoas
no caderno de registros, número irreal em relação ao verdadeiro número de
freqüentadores desse dia. Havia, com segurança quase o dobro somente durante a
leitura da história. Também não tiramos tantas fotos quanto gostaríamos, embora
não tenham sido poucas. Novamente ficou evidente para nós a falta de
colaboradores fixos que possam ajudar no desenvolvimento dos trabalhos, dando
mais atenção, por exemplo, aos registros fotográfico e escrito, liberando-nos
para o atendimento ao público, ao convidado, e para a coleta de dados
(observação e entrevistas) para que possamos entender melhor a natureza do que
estamos fazendo e seu alcance junto ao público. Também reiteramos a necessidade de um equipamento
mínimo de som (uma caixa acústica alimentada por bateria e um microfone com
tripé) e imagem (filmadora com tripé), ambos para a execução e gravação do
“Soprando Histórias”.
Houve um rápido esvaziamento desta vez,
mas permanecemos em nosso espaço até as 17:30h, quando encerramos. No mais, foi
mais uma tarde de sucesso do “Leituras ao Vento”, e nós só temos a agradecer ao
nosso público. Um abraço e até a próxima.
Maristela, eterna admiração por vcs! Parabéns sempre! Bjs,
ResponderExcluirEliziane
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